segunda-feira, 22 de junho de 2015

[MUNDO SOBRENATURAL] Zumbis



Esta criatura é um ser humano dado como morto que, segundo a crença popular, foi posteriormente desenterrado e reanimado por meios desconhecidos. Devido à ausência de oxigênio na tumba, os mortos vivos seriam reanimados com morte cerebral e permaneceriam em estado catatônico, criando insegurança, medo e comendo os vivos que capturam. Como exemplo desses meios, pode-se citar um ritual necromântico, realizado com o intuito maligno de servidão ao seu invocador.
A figura dos zumbis ganhou destaque num gênero de filme de terror, principalmente graças ao filme de 1968 "Night of the Living Dead" de George A. Romero.


Características: Por serem mortos vivos, sua aparência demonstra o efeito do tempo e da morte, possuindo a pele apodrecida e com roupas esfarrapadas, com um cheiro forte e horrível. Normalmente, perdem partes do corpo, como os dentes ou os dedos.
De maneira geral, os zumbis nestas situações são do tipo lentos, letárgicos, cambaleantes e irracionais - "modelo" que se popularizou no filme A Noite dos Mortos-Vivos. Filmes criados já nos anos 2000,  trouxeram um novo conceito de zumbis, mostrando-os como mais ágeis, ferozes, inteligentes e fortes que os antigos zumbis do cinema. Estes zumbis mostram-se extremamente mais perigosos, sendo que apenas um deles já constitui grande ameaça para um grupo. Em muitos casos em se tratando destes zumbis "rápidos", os criadores utilizam a premissa de humanos infectados com alguma patogenia, como é o caso no filme Extermínio e no jogo para PCs Left 4 Dead, ao invés de cadáveres reanimados - evitando a "caminhada arrastada dos mortos", presente na variedade de zumbis criada por George A. Romero.
Na série Living Dead, os zumbis começam com pouca inteligência, passando com o tempo a reter algum conhecimento da vida passada e repeti-los sem pensar (como ir para um local importante, ou continuar com uma faca por causa do trabalho de cozinheiro), depois aprendem a usar ferramentas básicas (Diário dos Mortos) e em Survival of the Dead os zumbis desenvolvem uma maior inteligência sendo capazes de se comunicar, ir atrás de um objetivo, e usar ferramentas de maneiras mais complexas.
Os zumbis se alimentam de pessoas, embora possam aprender a se alimentar de animais.

Como se dá a criação ou infecção Zumbi: De acordo com os princípios do Voodu, uma pessoa morta pode ser revivida por um sacerdote ou feiticeiro. Zumbis permanecem sob o controle do bokor já que não têm vontade própria. "Zombi" também é outro nome da serpente vodu Iwa Damballah Wedo, de origem do Níger-Congo, é semelhante ao Nzambi palavra kikongo, que significa "deus". Existe também dentro da tradição ocidental africana do Voodu o "astral zumbi", que é uma parte da alma humana, que é capturada por um sacerdote e usada para aumentar o poder do sacerdote. O astral Zombi é normalmente mantido dentro de uma garrafa que o sacerdote pode vender aos seus clientes para dar sorte ou sucesso financeiro. Acredita-se que, após um tempo, Deus tomará a alma de volta o que torna o zumbi uma entidade espiritual temporária. A lenda Voodu sobre o zumbi diz ainda que quem o alimenta com sal vai fazê-lo retornar para o túmulo.
Em 1937, enquanto pesquisava o folclore do Haiti, Zora Neale Hurston encontrou o caso de uma mulher que apareceu em uma aldeia e uma família alegou que ela era Felicia Felix-Mentor, uma parente que havia morrido e sido enterrada em 1907 com idade de 29 anos. Hurston alegou que os rumores se deveram ao uso de uma poderosa droga psicoativa por parte das testemunhas do fato, mas ela foi incapaz de localizar os indivíduos para obter mais informação.
Várias décadas depois, Wade Davis, um etnobotânico de Harvard, apresentou um caso farmacológico de zumbis em dois livros, A Serpente e o Arco-Íris (1985) e Passagem das Trevas: A Etnobiologia do Zumbi do Haiti (1988). Davis viajou para o Haiti em 1982 e, como resultado de suas investigações, afirmou que uma pessoa viva pode ser transformado em um zumbi injetando-se duas substâncias específicas na sua corrente sanguínea (geralmente através de uma ferida). A primeira, chamada pelos nativos de "coup de poudre" (do francês: tiro de pó), inclui a tetrodotoxina (TTX), uma poderosa neurotoxina e freqüentemente fatal encontrada na carne do baiacu (ordem Tetraodontidae). A segundo consiste numa poção com drogas dissociativas tais como a datura. Acredita-se que estas substâncias associadas induzem um estado de morte no qual ficam inteiramente sujeitas às vontades do bokor. Davis também popularizou a história de Clairvius Narcisse, que alegou ter sucumbido a essa prática.
O processo descrito por Davis era um estado inicial de morte, com animação suspensa, seguido pelo re-despertar, normalmente depois de ser enterrado, em um estado psicótico. Davis sugeriu que a psicose induzida por drogas e pelo trauma psicológico de ter sido enterrado, reforçavam as crenças culturalmente aprendidas e levavam os indivíduos a reconstruir sua identidade como a de um zumbi, uma vez que, após a experiência a que eram submetidos, eles passavam a acreditar que estavam mortos e não teriam mais outro papel para desempenhar na sociedade haitiana. Segundo Davis, os mecanismos sociais de reforço desta crença serviam para confirmar para o indivíduo a sua condição de zumbi e tais indivíduos passavam a ser conhecidos por passear em cemitérios, exibindo atitudes e emoções deprimidas.
O psiquiatra escocês R. D. Laing destacou ainda a ligação entre as expectativas sociais e culturais e a compulsão, no contexto da esquizofrenia e outras doenças mentais, sugerindo que o início da esquizofrenia poderia ser responsável por alguns dos aspectos psicológicos da zumbificação.
As afirmações de Davis receberam críticas, particularmente a sugestão de que feiticeiros haitianos possam manter zumbis em um estado de transe induzido por drogas por muitos anos. Os sintomas de envenenamento por TTX gama produz dormência e náuseas, podendo levar à paralisia (em particular dos músculos do diafragma), inconsciência e morte, mas não incluem uma marcha rígida ou um transe de morte semelhantes aos encontrados nos zumbis. Segundo a neurologista Terence Hines, a comunidade científica rejeita a tetrodotoxina como a causa deste estado e a avaliação de Davis sobre a natureza dos relatórios dos zumbis haitianos é visto como excessivamente crédula.
A origem é sempre variável nas histórias, e muitas já foram criadas. Elas vão das mais óbvias como um vírus natural ou um vírus artificial criado em laboratório, indo até as mais improváveis, como um agente extra-terrestre ou até mesmo uma punição divina. Por fim, existem ainda os que preferem deixar a causa em aberto, não mencionando palavra sobre a mesma.
A infecção espalha-se pela população através do contato agressivo com um zumbi (o que ocorre em praticamente todos os casos), exposição à causa da transformação, ou mesmo após qualquer morte, seja ela natural ou acidental (Romero e seus filmes como mais notório exemplo).
A contaminação, em certos casos, pode ainda afetar outros seres vivos que não só os humanos (jogos da série Resident Evil já mostraram toda a sorte de animais zumbificados ou mutacionados pelo vírus, como cães, aranhas, tubarões e até mesmo plantas transformados pelo vírus, sendo que em Resident Evil: Outbreak: File 2 já viu-se um monstruoso elefante zumbificado). Por fim, a causa pode transformar a pessoa em zumbi e não necessáriamente lhe tirar sua consciência, ainda que esta fique gravemente prejudicada (como visto no filme Colin). 

Casos: Já houveram diversos casos de ataques supostamente zumbis. Os que receberam maior repercussão foram de um homem que estava se alimentado do rostro de um sem-teto na cidade de Miami, capturado em vídeo;
Uma haitiana que supostamente havia morrido há anos e que foi avistada por familiares, nas imediações;
Um senhor que atacou um rapaz num metrô na China, também capturado em vídeo; além de outros diversos casos de zumbis no Haiti.
Todos os casos receberam explicações que consistiam em uso de drogas, insanidade mental, voodu, magia negra, e alguns permaneceram sem explicação.

Curiosidades: Existem outros casos que poderiam ser associados à zumbificação como o de Mike, um frango que sobreviveu 18 meses sem cabeça, passou a ser alimentado por um conta gotas, após o ocorrido, Mike caminhava normalmente e cisca, o caso foi estudado após sua morte e o motivo de ter sobrevivido foi o fato de seu dono ter feito uma decapitação errada e próxima à cabeça o que preservou a jugular, um ouvido e o tronco cerebral, além de ter havido um coagulo que impediu que o frango sangrasse até a morte;
Outro caso interessante (mas cruel) é o de experimentos russos realizados em 1940 com cães, cientistas decapitaram e mantiveram suas cabeças vivas por horas, lambendo suas bocas e balançando suas orelhas em resposta a estímulos sonoros, os detentores do experimento afirmam que as cabeças estiveram interligadas a um sistema de circulação de sangue artificial. Esta não foi a unica vez que criaram cães zumbis, em 2005 cientistas americanos mataram uma matilha de cães através de uma rápida drenagem de sangue que foi substituído por uma mistura de soro fisiológico cheio de oxigênio e açúcar. Mais tarde os cientistas conseguiram reanimar os animais com transfusão de sangue e choques elétricos;
Por ultimo, existem formigas em estado zumbi, isso mesmo. Há um fungo capaz de paralisar as ações normais do inseto e tomar posse de seu corpo, o Ophiocordyceps unilateralis, nome científico dado aos esporos desse fungo. Quando as formigas da espécie Camponotus leonardi, se aventuram fora de seu habitat (copas de arvores) são infectadas pelo fungo que dá inicio à zumbificação, o parasita ataca o sistema nervoso central da formiga que passa a se mover desordenadamente, assim consegue fazer com que o inseto vá até um local úmido e frio onde pode se desenvolver e reproduzir.

Fonte

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